Os dias em que celebramos o silêncio

No fim-de-semana passado (1 a 3 de Março), um grupo de jovens optou por viver um fim-de-semana diferente de todos os outros que já tinham vivido nas suas vidas. A proposta foi lançada como muitas outras mas esta foi acolhida com o coração aberto, a de fazer um RETIRO DE SILÊNCIO.
Foi grande a expectativa mas, como podemos afirmar através dos seus testemunhos, foi também grande a alegria de terem tomado essa decisão de ir porque regressaram às suas casas com o coração a transbordar...
Dos jovens que integraram esse grupo quatro pertencem à nossa comunidade paroquial. Viajaram da Rendufinho até Fátima (+/- 266 km de distância) sem saberem o que lhes esperava. E agora têm uma nova aventura para contar e, sobretudo, para saborear em cada dia das suas vidas. 
Agradecemos às Cooperadoras da Família por terem proporcionado mais uma vez esta experiência. Fica a certeza que as futuras serão acolhidas ainda com mais calor.



Este retiro pôs-me à prova, dando-me algo que muitos de nós não estão habituados, uma coisa tão simples e difícil, o silêncio. Ele é perigoso porque mesmo que não queiramos leva-nos ao profundo reconhecimento e toca na ferida que aparentemente estava curada. Mas isso permite-nos seguir em frente, lutar, praticar a verdade no amor, crescer na esperança, na espiritualidade…
Ou seja, quando menos esperamos Deus provoca-nos, dá-nos um abanão, deixa-nos cair por terra. Leva-nos a refletir e aí percebemos que o que parecia ser uma segurança, era uma fraqueza; o que parecia um vício, era um refugiu; o que aparentava ser uma certeza, era apenas uma ínfima parte do desconhecido. Contudo Ele ajuda-nos a levantar e a crescer na fé, a seguir com Ele.
Marina Peixoto




Este retiro, foi especialmente uma grande oportunidade e experiência onde não só pudemos estar com Deus, arranjar novos laços de amizade mas também e muito importante refletir sobre nós próprios e encontrando a paz interior, acima de tudo PEDE.
João Peixoto




Em certos momentos da nossa vida a única coisa que precisamos é silêncio. 
Silêncio para refletir, olhar para a nossa vida, ver o que estamos a fazer. 
Será que estamos no caminho certo?
Temos que PEDE: Parar, Escutar, Discernir, Escolher.
O retiro foi uma experiência incrível, num momento como este, eu precisava disto. 
Reencontrei-me, agora estou segura de que estou no caminho certo, a minha vida irá tomar o seu rumo e aí eu sentirei uma felicidade ainda maior. 
As nossa atividades/reflexões foram desde pensar o que eu estaria ali a fazer, o que quero fazer, até reencarnar uma das mulheres que se encontrou com Jesus e depois partilhar a nossa história à volta da fogueira.
Partilhar esta experiência com 3 jovens foi ainda mais emocionante. 
Maria, Marina e João, obrigada!
Obrigada aos pais pelo voto de confiança em mim. 
Maria, a mais nova de todo o grupo de retiro, portou-se como uma jovem da mesma idade. 
João, o único rapaz do retiro, o bendito entre as mulheres. 
Marina, a menina doce que sempre se interessou em ver os outros bem. 
Já disseram que irão repetir e eu vou com eles.
Domingo tiramos o bilhete para mais tarde e assim fomos até ao Santuário de Fátima rezar pelos que nos tocam o coração e fomos até ao museu de cera, vale a pena visitarem, até tiramos foto com o Santo Padre. 
Acabamos com um lanche no McDonald's e estou neste momento a escrever este pequeno texto no caminho para casa durante a viagem de 3 horas. 
E o teu coração de que transborda?
Paula Silva




Quando me sugeriram que participasse num Retiro de Silêncio para jovens (desde os 15 anos), fiquei com um pé atrás dado que tenho apenas 13 e, na realidade, quando cheguei a Fátima senti-me um bocado de parte. Todos os participantes tinham idades superiores a 15 anos e até haviam pessoas com setentas e tais! Contudo, quando começamos a entrar por esta atividade dentro, comecei a adaptar-me e adorei esta experiência! Neste retiro tivemos tempo para tudo: tempos de silêncio, tempos de convívio, tempos de aprendizagem, tempos de oração, tempos de reflexão e tempos de passeio. Os tempos que eu mais gostei foram os tempos de reflexão e os tempos de aprendizagem. Nos tempos de reflexão, o Pe. José Miguel fez-nos refletir sobre os nossos erros e como os podemos corrigir e no tempo de aprendizagem falamos, essencialmente de PEDE. P- parar; E- escutar; D- discernir e E- escolher. Para além de refletir e de aprender inúmeras coisas, também pude fazer amizades novas! Antes de voltar para casa, fomos dar uma volta por Fátima e também visitamos o Museu da Cera. Por fim, tenho a agradecer à Natália por nos ter sugerido esta atividade, à Paulinha por nos ter aturado, às Cooperadoras da Família nomeadamente à Elisabete, à Alexandrina e à Angélica por nos terem acolhido desta forma tão fiel e, por fim mas não menos importante, ao Padre José Miguel por nos ensinar tantas coisas e por me ter feito refletir como nunca ninguém fez! Acho que é uma experiência a repetir e quantos mais melhor!

Maria Pereira





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