O Grupo de Catequistas: um trabalho de equipa


Fonte: Arquidiocese de Braga

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Objectivos Gerais:
Consciencializar o catequista para a importância de um ambiente de partilha e amizade no grupo de catequistas;
Fomentar no grupo de catequistas o sentido de união.


Pistas para reflexão:

- Consciente da necessidade de se criar, no grupo catequético, uma relação assente na unidade e na partilha, como é que tu, enquanto catequista, avalias a tua relação com os outros catequistas, procurando responder às seguintes questões:

- Achas que esta relação de equipa entre catequistas é importante? Porquê?

- Sentes a necessidade de viver, juntamente com os outros catequistas, experiências de formação espiritual e catequética?

- Esforças-te por fomentar uma relação de equipa com os demais catequistas da tua paróquia?

- Como é esta realidade na paróquia? Reflecte um pouco sobre os seus aspectos positivos e sobre os seus aspectos negativos.

- A partir da tua própria experiência na comunidade eclesial, de que forma podemos fomentar a colaboração entre os catequistas? 

 
 

Reflexão:


 “De facto, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. Pois todos fomos baptizados num só Espírito para sermos um só corpo […]. E todos bebemos de um só Espírito”.

O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. Se o pé diz. «Eu não sou a mão; logo, não pertenço ao corpo», nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se o corpo inteiro fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto? Deus é que dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se o conjunto fosse um só membro, onde estaria o corpo? Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo” […] Ora, vós sois o corpo de Cristo e sois seus membros, cada um no seu lugar” (I Coríntios 12, 12-27)

Na sua carta dirigida aos Coríntios, São Paulo utiliza a metáfora do corpo e dos seus membros para apelar à necessidade da unidade e da solidariedade que caracterizam a Igreja, o corpo de Cristo, a comunidade cristã. Ao recebermos todos o mesmo Baptismo e o mesmo Espírito tornamo-nos filhos de Deus e todos somos responsáveis pelo anúncio da Sua Palavra.

Além disso, não nos esqueçamos que, dadas as dificuldades que muitas vezes encontramos no anúncio da fé cristã, é cada vez mais importante que cada um de nós aprenda a viver em comunidade, aceitando as diferenças uns dos outros. Assim sendo, urge a necessidade de se criar, no grupo de catequistas, e entre todos os cristãos, um ambiente fraterno, alegre e responsável, que assente na partilha e na capacidade de entreajuda. Cada um, com a sua originalidade, contribui, de forma indispensável, para a construção e crescimento de todos. Na verdade, é neste ambiente de união e de comunhão, que deve caracterizar o grupo de catequistas, onde cada um entende o chamamento de Deus; aprofunda e amadurece a sua própria fé e assume o seu compromisso de viver e dar testemunho da sua própria fé cristã. Com efeito, ainda que o trabalho pessoal do catequista seja importante, é indispensável, de igual modo, partilhar a nossa fé com outros catequistas e deixarmo-nos enriquecer com a sua sabedoria e experiência.

Antes de anunciar a Palavra e convidar os outros a formar comunidade, devemos nós próprios, enquanto catequistas, formar uma verdadeira comunidade de discípulos de Deus, assente na união e na solidariedade entre todos. É este testemunho de união fraterna que se assume como um factor decisivo na tarefa catequizadora da comunidade. Ninguém é superior ou inferior em relação aos outros. O cimento da vida comunitária é a cooperação e a solidariedade entre todos, que faz com que todos se voltem para cada um.

Ainda que cada catequista seja diferente um do outro, em idade, mentalidade ou formação, todos trabalham para uma mesma finalidade, todos têm uma tarefa comum a realizar: a de anunciar a Palavra de Deus e a de educar para a fé. Daí que todos os catequistas se devam sentir membros responsáveis e activos na realização da sua missão, sendo, para tal, indispensável criar um clima de relações positivas, assentes na amizade, na fraternidade, no acolhimento e no respeito. A unidade na missão evangelizadora da Igreja é para Cristo condição indispensável para que o mundo acredite: “Para que todos sejam um só; como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti, que também eles estejam em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17, 21). 




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