Festa de Natal | 2017
Luzes apagadas, silêncio, ação! Cinema? Não! Um encontro de amiguitos e amiguitas de coração expectante e mente aberta.
Aparentemente camuflado no divertimento que o filme sugere, o conteúdo é transversal à nossa vida, a nós mesmos. Somos seres de emoções que atuam como uma linguagem interna, singular de cada um. As emoções desempenham um papel crucial no nosso desenvolvimento e vão-se desenvolvendo em função das nossas experiências, das relações interpessoais, dos afetos, da família!
Viajamos até à mente da Riley Andersen, que é também a mente de cada um de nós, e tal como Riley manifestamos alegria, tristeza, nojo, medo e raiva. Uma mente divertida, pois claro, não andassem todas as emoções em constante atribulação para influenciarem as ações de Riley. Ah! É assim que acontece connosco? Momento de pausa para reflexão!!!
A alegria é fundamental, atua como uma emoção dominante, deveria provavelmente de ser a nossa única emoção! Então e as demais? Por exemplo, não se percebe muito bem o propósito da tristeza, não tem significado explícito. Tal como não percebemos o propósito do sacrífico mas ele tem sentido em si mesmo! Verdade! Todas as emoções têm uma mensagem, todas as emoções têm importância, todas as emoções constituem a nossa identidade emocional. Riley tem a sorte de viver com a sua família que é como uma alavanca para a vida.
Na família, apesar de nem tudo ser fácil, aprende a lidar e a organizar as suas emoções, numa fase da sua vida que é crucial - a infância. É na família que Riley vive as experiências emocionais mais significativas, mais fortes, pelas vivências de brincadeira, de jogo, de afeto, de comunicação. E regista tudo na sua mente no modo de memórias essenciais, formando a sua personalidade.
É por isto, família, que a nossa presença na infância das nossas crianças, desde o nascimento, é de inesgotável valor. Tal como antes dizíamos, fica tudo registado na mente. Quantas mais memórias essenciais a criança tiver mais bem tecida ficará a sua capa para usar nos momentos de tempestade. E assim, encontramos crianças bem protegidas para o frio das estações vindouras com capas tecidas por mãos carinhosas e persistentes. Ah! O título do filme? Divertida Mente!
Paula Pereira, mãe e catequista
Janeiro 2018
Janeiro 2018
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