O Povo Reunido





“Onde dois ou três se reunirem em meu nome, Eu estou no meio deles”. (Mt 18, 20)

O princípio do Missal, abre com estas palavras: “Reunido o povo”. Tudo começa pela reunião dos batizados de um certo lugar e de facto a celebração eucarística é a expressão mais importante da vida da Igreja no seio da comunidade dos homens.


Igreja quer dizer assembleia convocada.


Cada Igreja local, como a Igreja universal, sabe que é herdeira das assembleias que o Senhor convocou inúmeras vezes nos tempos antigos: assembleias do deserto, para comer a Páscoa, e de Jerusalém, para celebrar a dedicação do templo de Salomão ou para renovar a Aliança, no tempo de Josias. Mas o carácter específico da assembleia cristã é o de se reunir em Cristo.

Mesmo antes de estar presente na sua palavra e no seu sacrifício, o Ressuscitado da Páscoa está no meio dos seus irmãos. Está em cada um dos fiéis e no corpo que eles constituem. Está, de modo particular, no bispo ou no presbítero que preside à reunião.

Com os seus irmãos batizados, pede perdão para os seus pecados e escuta a palavra de Deus, mas pertence-lhe a missão de interpretar esta Palavra e de a atualizar, na homilia. No momento próprio, ele empresta os seus lábios a Cristo para dizer as palavras que tornam presente sobre o altar o Corpo e Sangue de Jesus.

Em torno do bispo ou presbítero, desenvolvem-se os vários ministérios:

- Os leitores – que sobem ao ambão para fazer as leituras que precedem o Evangelho;

- O salmista – que canta o salmo;

- O Coro – que dá beleza ao canto do povo e expressão festiva à celebração;

- O Ministro da comunhão – que ajuda o bispo ou presbítero a dar o corpo e sangue do Senhor.

Nesta divisão harmoniosa das funções de cada um, a assembleia dominical dos cristãos é muito mais que uma reunião humana, é o ícone da Igreja.


Adaptado de Pierre Journel, A Missa Ontem e Hoje, SNL






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