A História do Rosário




Celebra-se dia 7 de Outubro, a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Vejamos um pouco da história do rosário.
Segundo consta, o rosário teve suas origens na Irlanda, no século IX. Naquela época, os 150 salmos de David eram uma das formas mais usadas de oração entre os monges. Os leigos, não sabendo ler, contentavam-se em ouvir a recitação dos Salmos.
Por volta do ano 800, começou a surgir o costume, entre os leigos, de recitarem 150 vezes o "Pai-Nosso". No início os devotos usavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas para contar as vezes que repetiam a oração. Mais tarde começou a ser usado um cordão com 50 pedacinhos de madeira. É a origem do instrumento que chamamos de o terço.
Em 1072 São Pedro Damião menciona que já era costume, em sua época, recitar, em forma de diálogo, 50 vezes a saudação angélica (primeira parte da Ave-Maria).
Durante o século XIII apareceu o costume de se recitar 150 louvores a Maria (breves pensamentos lembrando as virtudes e glórias de Nossa Senhora). Neste período aparece a palavra rosarium que significa ramo de rosas.
Por volta de 1365, Henrique Kalkar agrupou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando um Pai-Nosso em cada grupo de 10 Ave-Marias. Desta data até 1470 foram feitas outras modificações.
A partir de 1470, apareceram os dominicanos como os grandes propagadores desta forma simples de oração. A cada uma das 150 Ave-Marias correspondia um pensamento bíblico.
Por volta de 1500, teve origem a xilogravura. Como o analfabetismo continuava a imperar, usava-se reproduzir em madeira as cenas evangélicas para meditação. Usavam-se 15 cenas bíblicas correspondentes a cada dezena de Ave-Marias.
Durante os séculos XVI e XVII generalizou-se o costume de se explicitarem apenas os 15 pensamentos relativos a cada dezena.
Por volta de 1700, São Luiz de Montfort consagrou a forma de se ler um pensamento mais longo, narrando a cena Bíblica e sugerindo atitudes práticas a cada dezena de Ave-Marias. Convencionou-se chamar "mistério" a cada um destes pensamentos. É a forma mais conhecida hoje, o rosário com 15 mistérios.
Os mistérios foram divididos em três partes, cada qual com 5 meditações: nascimento e infância de Jesus (mistérios da alegria), paixão e morte (mistérios dolorosos), ressurreição e ascensão (mistérios gloriosos).
Ao celebrar 24 anos de pontificado, no dia 16/10/2002, o Papa João Paulo II assinou a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae em que acrescenta, ao rosário, os cinco Mistérios da Luz, inspirados na vida pública de Jesus.
O terço é uma oração trinitária e mariana. Invoca-se no fim de cada mistério a Santíssima Trindade, com o Glória; 50 vezes a Ave-Maria (que contém a saudação do anjo e de Isabel a Maria) e 5 vezes o Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Jesus.
No terço não se trata de repetição mecânica de palavras. O grande segredo do terço está na meditação dos mistérios da nossa redenção, vividos por Jesus e Maria. Os grandes Santos rezavam o terço. O Papa reza. A Igreja recomenda a todos. Todos os Papas recomendam o seu uso como "arma poderosa"
O saudoso Padre Cruz, indo um dia pela estrada foi abordado por um camponês que lhe perguntou se a Câmara da vila ficava longe e ouviu esta resposta: "Não, meu amigo, são quatro mistérios do terço". Isto significa que o «santo» Padre Cruz, aproveitava as deslocações para ir rezando o terço e assim fazem muitas pessoas.
Não esqueçamos que esta designação «Senhora do Rosário» foi dada, em Fátima aos três pastorinhos, por Nossa Senhora na Aparição de Outubro.
Perguntou a Lúcia a Nossa Senhora: "Vossemecê quem é?" e Maria respondeu: "Sou a Senhora do Rosário".

Fonte: Cristo Jovem



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