Junho, o mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus
Junho é, para a Igreja Católica, um tempo de especial intimidade com o Sagrado Coração de Jesus. É o mês em que somos convidados a mergulhar no mistério profundo do amor divino, simbolizado por esse Coração que tanto amou o mundo. Um Coração ferido, mas sempre aberto, que arde em compaixão, misericórdia e fidelidade. Este Coração é o centro da nossa fé. Ali, encontramos a ternura de Deus feita carne, feita gesto, feita dom total.
Celebrar o Sagrado Coração em Junho não é apenas recordar uma devoção bonita e antiga. É escutar, no meio do ruído e da pressa do mundo, o convite sereno de Jesus: “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). É deixar-se transformar por esse amor que não impõe, mas propõe. Que não acusa, mas acolhe. Que não desiste, mesmo quando nós O esquecemos.
E, ao lado desse Coração, encontramos sempre Maria. Embora o mês de Maio seja tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora, a presença d’Ela prolonga-se em Junho, como Mãe que permanece junto ao Filho. Foi Maria quem primeiro escutou o bater do Coração de Jesus, ainda no seu seio. Foi Ela que O seguiu até à cruz, onde esse Coração foi trespassado por amor a nós. Foi também Ela quem, com ternura materna, ajudou os primeiros discípulos a compreender o sentido desse amor.
A devoção ao Sagrado Coração floresceu particularmente após as revelações a Santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII, mas as suas raízes mergulham no próprio Evangelho. E Maria é a primeira e mais fiel devota deste Coração. Quem melhor do que Ela para nos ensinar a responder com amor ao Amor?
Neste mês, somos chamados a contemplar esse Coração que pulsa no silêncio da Eucaristia, que se faz próximo na oração, que espera por nós no pobre, no doente, no irmão ferido. E somos também chamados a consagrar-lhe a nossa vida - como indivíduos, famílias e comunidades.
Junho é, portanto, mais do que uma simples etapa no calendário litúrgico. É um tempo de graça, um tempo de regresso ao essencial: o Amor. Um Amor que tem forma de Coração. Um Coração que bate ao ritmo do Céu. E ao lado desse Coração, a Mãe. Sempre.
Ana Conde
Catequese e Família
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